Velhos são os trapos – Yoga para Idosos

Velhos são os trapos – Yoga para Idosos

Hoje ouvi a pergunta “yoga para idosos, mas eles conseguem fazer dessas coisas?” e voltei a pensar nesta velha questão – será mesmo a idade que nos envelhece?

O exercício constrói os músculos

A mobilidade lubrifica as articulações

A meditação activa os neurónios

A acção mantém as funções cerebrais

O movimento produz energia, calor, vida

Parar produz envelhecimento!

O que exercitamos, cresce, o que não usamos, encolhe! O sistema muscular e o sistema nervoso estão preparados para se adaptarem às necessidades – se os solicitamos diariamente, desenvolvem-se, se não os usamos, minguam e tornam-se disfuncionais… Portanto, a nossa vitalidade depende mais das nossas actividades do que da nossa idade real.

Quando nos mexemos, estamos a activar músculos, ligamentos, tecido conectivo. Cada vez que mobilizamos as nossas articulações, libertamos líquido que as lubrifica e as mantém saudáveis. Se passamos muito tempo sem nos mexer, estamos a secar e matar à fome os nossos tecidos. Quer tenhas 80 anos ou 20, o processo é igual. E o remédio também é igual – mexe-te, usa o teu corpo e usa o teu cérebro. A tua saúde, a tua forma, as tuas capacidades, a tua energia, dependem acima de tudo de ti!

Faz-me imensa confusão a maneira como em geral tratamos o envelhecimento. É como se fosse algo que nos acontece e sobre o qual não podemos fazer nada! A maioria das pessoas de idade que conhecemos são velhas, mas também quase todos nós conhecemos algum exemplo que contraria esta aparente inevitabilidade.

Os nossos idosos deixam de fazer coisas: têm dificuldades em pensar, e já ninguém lhes pede que pensem; têm dificuldades em interagir, e já ninguém fala com eles; têm dores e fazem cada vez menos e, porque fazem menos, cada vez custa mais, e fazem menos ainda até ficarem sentados todo o dia, em frente a uma televisão que passa “analgésicos para morte lenta”, à espera que tudo – cérebro e músculos – vá minguando até desaparecer… Não temos já informação suficiente para escolhermos outro caminho?

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